terça-feira, 19 de outubro de 2010

EXPANSÃO DAS FAVELAS E SUBÚRCIOS

 Expansão das Favelas e Subúrbios
A proliferação de favelas se deveu a proximidade com o local de trabalho.
Segundo dados do censo de 1948, 139 mil pessoas moravam nas 105 favelas existentes, distribuídas da seguinte forma:
44% das favelas estavam na área suburbana;
 24% na zona sul ;
 22% na zona Centro-Tijuca;
 10% na zona Anchieta-Bangu.
Na década de 50, começaram a surgir em Copacabana e Ipanema os apartamentos conjugados, de quarto e sala.
 Nesta época, o Parque da Cidade foi aberto ao público, a Praia Vermelha remodelada e construído o Jardim de Alá, o Estádio do Maracanã, para a Copa de 1950, e o Aeroporto Santos Dumont.
Devido à escassez de habitação e transporte de massa, as favelas proliferaram nas zonas sul, norte e subúrbio, em terrenos públicos ou encostas ou margens de rio.
                                                                  
Promovida pelo governo, a construção de conjuntos habitacionais beneficiou poucos.
Para melhorar a circulação urbana promoveu-se, dentre outras obras previstas no Plano de Melhoramento concebido na gestão do Prefeito Henrique Dodsworth, a duplicação do Túnel do Leme, a abertura do Corte de Cantagalo, o Túnel Barata Ribeiro / Raul Pompéia. Em 1952, iniciou-se o desmonte do Morro de Santo Antônio e o aterro para alargamento da Av. Beira Mar.

Entre 1950/60, diminuiu o crescimento industrial do Rio e com o conseqüente crescimento do parque industrial paulista, o Porto de Santos ganha importância sobre o Porto do Rio.
Com a transferência do governo federal para Brasília, a cidade perdeu as funções como centro administrativo e se mantém como centro de serviços.

O desenvolvimento da indústria automobilística e o processo de concentraçào de renda fez crescer em 120% o no de licenciamentos de veículos em sete anos (57-64) o que traz a saturação das principais artérias centrais.
A partir de 62, o ônibus elétrico substituiu o bonde.
O fluxo de migrações no eixo Rio - São Paulo aumentou a população favelada carioca que em 1960 chega a 11% do total da cidade , de 3,8 milhões de habitantes.

Após 64, iniciou-se um drástico processo de remoção de favelas em terrenos valorizados da zona sul para construção de imóveis de luxo.
Crescem os loteamentos clandestinos sem infra estrutura.
A partir de 70, com a expansão para a Barra da Tijuca e São Conrado, o poder público construiu a Auto-estrada Lagoa-Barra.

Começam a surgir na Barra os conjuntos de edifícios segregados, com recreação privativa e esquema de segurança. O governo federal patrocinou o alargamento da Av. Atlântica, a construção do elevado da Av. Paulo de Frontin, a Ponte Rio-Niterói e as obras do Metrô. Em 1975, com a fusão dos Estados do Rio e da Guanabara, o novo município viu escassear os recursos financeiros federais e estaduais.

 Como polo da Região Metropolitana, instituída em 1973, a cidade continuou a oferecer empregos e atrair migrantes, que se instalam nos municípios periféricos que funcionam como cidades dormitórios.

As favelas crescem em no e população que, em 1974, corresponde a 16% do total.

A perda do poder político fez cair a renda média da população com reflexos na economia centrada no setor terciário.
A economia mineira cresceu e o Rio vai perdendo a posição de segundo polo de desenvolvimento do país.

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