terça-feira, 19 de outubro de 2010

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA ANOS 1920 - 30

Estados Unidos da América anos 1920-30
Nos anos 30, Clarence Stein, arquiteto americano, concebeu um modelo urbanístico denominado Radburn, para um bairro de mesmo nome em Nova Jersey.


 O modelo radburn contribuiu para qualificar o local, afastando a dispersão e ausência de sentido de vizinhança em que os subúrbios haviam decaído.

Entre 1928 e 33, Stein criou tipos de assentamentos residenciais que inovaram o conceito de cidade-jardim, agregando-lhe o conceito de unidade de vizinhança e de diferenciação entre percursos e áreas verde, assim como de ruas de acesso às moradias e ruas de serviço.

A despeito da escala doméstica dos projetos de Clarence Stein, sua intenção era alcançar complexos urbanos inteiros, porém, a crise de 1929 interrompeu a implementação de suas propostas, sem que deixassem de ser conhecidas entre os arquitetos do CIAM, que as aplicaram em seus projetos urbanos, sobretudo no segundo pós-guerra .

Também foi aplicado em centro de densidade mais elevada como Nova York, como apartamentos-jardim, ver Livro de Nova York anos 30.

As propostas de cidade-jardim americanas e inglesas tinham como meta, obter para seus cidadãos um modo de vida pacífico, harmônico e saudável.
O espaço de alta densidade e geométrico das cidades verticalizadas americanas é o seu inverso, a dispersão e organicidade atingidas nos subúrbios-jardim, resultam em idéias de moradias distintas, que refletem nos modos de vida dos habitantes, nas tipologias, programas e plantas da habitação e mesmo nos estilos arquitetônicos

Nos Unidos, a partir da década de 1950 até os dias atuais, grandes números de habitantes das classes média e alta da maioria dos grandes núcleos metropolitanos dos Estados Unidos passaram a migrar dos núcleos metropolitanos para os subúrbios, em busca de segurança.  

Como consequência, a população de diversos núcleos metropolitanos passou a cair drasticamente e a ser composta primariamente pela população de mais baixa renda.

Desta forma, constituíram-se verdadeiros guetos urbanos em meio aos distritos centrais, como Baltimore, Atlanta e especialmente em Detroit.
A grande maioria das grandes e médias regiões metropolitanas americanas possuem subúrbios ricos, bem como diversas cidades localizados em países de língua inglesa, embora subúrbios pobres também existam nestes países.                                                                                                 O termo suburbia , nos países de língua inglesa, se refere ainda a um estilo de vida tipicamente monótono, fútil e consumista..


 “entre dois mundos”

O urbanismo surgido nas grandes cidades americanas como Nova York e Chicago enquadra-se no sistema competitivo do mercado capitalista.

No mesmo período, também ocorreram aportações críticas do problema urbano na América.

O culto à natureza e a aspiração de encontrar uma comunidade espiritual, que já estavam explícitas em Thomas Jefferson e nos poetas Thoreau e Walt Whitman.
Estes fatos conduzem ao reconhecimento do paisagismo inglês e do urbanismo tradicional europeu como modelos a serem seguidos, mas adaptando-os às condições locais.

O urbanismo americano do séc. XIX possui um ideal de equilíbrio entre cidade e campo, que se tornou significativo com o passar do tempo, com o tema de uma integração entre natureza e espaço construído .
O complexo residencial Llewellyn Park, em Nova Jersey, foi projetado por Alexander J. Davis, em 1853. Foi um dos primeiros subúrbios que se caracterizou por um grande gramado onde se localizavam cottages românticos .
Olmestead e Vaux  projetaram o subúrbio de Riverside, em Illinois, em 1869, o qual delineia o desejo dos americanos de viverem em condomínios exclusivos no “coração da natureza”, mas conectados à cidade por eficientes vias e meios de transporte .

Projetos deste porte só apareceram na Inglaterra bem depois, como reflexo do debate socialista sobre a situação de moradia nos centros urbanos industriais..

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