segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CONDOMÍNIOS FECHADOS




Condomínios fechados

Em muitos aspectos mais semelhantes à ficção que à realidade, esses espaços conferem status às classes média e alta, que sonham viver entre privilegiados, em unidades auto-suficientes livres dos problemas que afligem os moradores da cidade – sobretudo, livres das ameaças causadas pelas diferenças sociais.

Para garantir essa autonomia os condomínios oferecem, além de moradias luxuosas, sistema de segurança, clubes, escolas, shopping centers e conjuntos de escritório.
“São propriedade privada para uso coletivo e enfatizam o valor do que é privado e restrito ao mesmo tempo que desvalorizam o que é público e aberto na cidade.

São fisicamente demarcados e isolados por muros, grades, espaços vazios e detalhes arquitetônicos.
São voltados para o interior e não em direção à rua, cuja vida pública rejeitam explicitamente.
São controlados por guardas armados e sistemas de segurança, que impõem as regras de inclusão e exclusão. São flexíveis: devido ao seu tamanho, às novas tecnologias de comunicação, organização do trabalho e aos sistemas de segurança, eles são espaços autônomos, independentes do seu entorno, que podem ser situados praticamente em qualquer lugar” .







Os condomínios fechados configuram-se, portanto, como afirmação da desigualdade social e forma de segregação espacial e social, a partir da “negação e ruptura com o resto da cidade”. 23
No entanto, depois de algumas décadas percebe-se o fracasso da concepção desses condomínios, hoje às voltas com o trânsito, a violência, a poluição e a transgressão às regras de que tentavam fugir.
A realidade é implacável e mostra que é impossível viver à margem dos problemas urbanos – e humanos.
A partir da década de 1970, os ricos refugiaram-se em condomínios fechados, também chamados de edge cities, cidades limítrofes localizadas longe dos bairros centrais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário