Estados Unidos da América anos 1920-30
Nos anos 30, Clarence Stein, arquiteto americano, concebeu um modelo urbanístico denominado Radburn, para um bairro de mesmo nome O modelo radburn contribuiu para qualificar o local, afastando a dispersão e ausência de sentido de vizinhança em que os subúrbios haviam decaído.
Entre 1928 e 33, Stein criou tipos de assentamentos residenciais que inovaram o conceito de cidade-jardim, agregando-lhe o conceito de unidade de vizinhança e de diferenciação entre percursos e áreas verde, assim como de ruas de acesso às moradias e ruas de serviço.
A despeito da escala doméstica dos projetos de Clarence Stein, sua intenção era alcançar complexos urbanos inteiros, porém, a crise de 1929 interrompeu a implementação de suas propostas, sem que deixassem de ser conhecidas entre os arquitetos do CIAM, que as aplicaram em seus projetos urbanos, sobretudo no segundo pós-guerra .
Também foi aplicado em centro de densidade mais elevada como Nova York, como apartamentos-jardim, ver Livro de Nova York anos 30.
As propostas de cidade-jardim americanas e inglesas tinham como meta, obter para seus cidadãos um modo de vida pacífico, harmônico e saudável.
O espaço de alta densidade e geométrico das cidades verticalizadas americanas é o seu inverso, a dispersão e organicidade atingidas nos subúrbios-jardim, resultam em idéias de moradias distintas, que refletem nos modos de vida dos habitantes, nas tipologias, programas e plantas da habitação e mesmo nos estilos arquitetônicos
Nos Unidos, a partir da década de 1950 até os dias atuais, grandes números de habitantes das classes média e alta da maioria dos grandes núcleos metropolitanos dos Estados Unidos passaram a migrar dos núcleos metropolitanos para os subúrbios, em busca de segurança.
Desta forma, constituíram-se verdadeiros guetos urbanos em meio aos distritos centrais, como Baltimore, Atlanta e especialmente em Detroit.
A grande maioria das grandes e médias regiões metropolitanas americanas possuem subúrbios ricos, bem como diversas cidades localizados em países de língua inglesa, embora subúrbios pobres também existam nestes países. O termo suburbia , nos países de língua inglesa, se refere ainda a um estilo de vida tipicamente monótono, fútil e consumista..
“entre dois mundos”
O urbanismo surgido nas grandes cidades americanas como Nova York e Chicago enquadra-se no sistema competitivo do mercado capitalista.
No mesmo período, também ocorreram aportações críticas do problema urbano na América.
O culto à natureza e a aspiração de encontrar uma comunidade espiritual, que já estavam explícitas em Thomas Jefferson e nos poetas Thoreau e Walt Whitman.
Estes fatos conduzem ao reconhecimento do paisagismo inglês e do urbanismo tradicional europeu como modelos a serem seguidos, mas adaptando-os às condições locais.
O urbanismo americano do séc. XIX possui um ideal de equilíbrio entre cidade e campo, que se tornou significativo com o passar do tempo, com o tema de uma integração entre natureza e espaço construído .
O complexo residencial Llewellyn Park, em Nova Jersey , foi projetado por Alexander J. Davis, em 1853. Foi um dos primeiros subúrbios que se caracterizou por um grande gramado onde se localizavam cottages românticos .
Projetos deste porte só apareceram na Inglaterra bem depois, como reflexo do debate socialista sobre a situação de moradia nos centros urbanos industriais..
Olmestead e Vaux projetaram o subúrbio de Riverside, em Illinois, em 1869, o qual delineia o desejo dos americanos de viverem em condomínios exclusivos no “coração da natureza”, mas conectados à cidade por eficientes vias e meios de transporte .
Projetos deste porte só apareceram na Inglaterra bem depois, como reflexo do debate socialista sobre a situação de moradia nos centros urbanos industriais..
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